Um ano da morte de George Floyd, 25 de maio de 2021.

Por que a morte deste homem norte americano, mexeu tanto com todos nós? Reacendendo o movimento black lives matter no mundo todo. As redes sociais foram invadidas com a hastag #blacklivesmatter. 

 Foram exatamente 8 minutos e 46 segundos, o tempo que o policial ajoelhou-se no pescoço de George Floyd, até levá-lo à morte e, isto, na frente de várias pessoas que filmavam a cena.  Ele continuou impassível matando George Floyd, na certeza de sua superioridade branca e impunidade.  

Isto abalou o mundo, nos sentimos impotentes e até hoje essa cena nos comove, pois vidas negras importam…. 

No Brasil, não foi diferente, ficamos chocados, perplexos e indignados. Este crime nos fez olhar para nós mesmos, para o menino Miguel, João Pedro, Agatha, João Alberto, e muitos outros. 

Os policiais nos EUA foram julgados, as empresas se comprometeram na luta antirracista. Com mudanças radicais na estrutura de suas organizações, para tornarem-se mais diversas. O presidente dos EUA Joe Biden, após sua eleição, assumiu publicamente seu compromisso contra o racismo e apresentou ações para o combate a violência policial e o racismo, bem como investimentos para a melhoria da população negra.  

Nós estamos caminhando, ainda em passos lentos, as empresas estão se comprometendo em mudar essa realidade. Programas importantes para garantir a contratação de mais negros nos processos de trainee e em cargos de liderança foram lançados. Influencers emprestaram suas páginas para que negrxs pudessem ter um espaço para falar e serem ouvidos. 

As pessoas brancas começaram a falar sobre a branquitude, seu lugar de privilégio e sua responsabilidade no combate ao racismo. 

Mas precisamos avançar mais, a diversidade precisa ser intencional, precisa estar no propósito das organizações, por isso, é necessário investimentos. A alta liderança tem que estar comprometida com a luta antirracista, elaborando metas e assumindo um compromisso público pela diversidade. Quando falamos diversidade nas organizações, vai além da contratação, é fundamental pensarmos na cadeia de fornecedores, pensarmos na concentração de riquezas.  

Quando diversidade se tornar propósito, iremos nos tornar mais questionadores e observadores, ficaremos atentos nos eventos que participamos e que não são diversos, incomodaremos com a falta de representatividade e exigimos justiça para Miguels, Agathas, João Albertos e muitos outros. 

Diversidade não pode ser a moda do momento, precisa ser um valor importante para a construção de uma sociedade justa e equitativa. 

Temos nossos Georges Floyds, sendo sufocados diariamente  e precisamos de pessoas que gritem que VIDAS NEGRAS IMPORTAM.